RPW: duas décadas do rap bate-cabeçaGrupo RPW






Grupo RPW completa 20 anos com a formação original e prepara comemorações como shows, gravação de clipes e objetos colecionáveis

Madrugada de quinta-feira, 2h da manhã. Rubia Fraga ainda está acordada para assistir ao Yo! MTV Raps. A cena descrita acima aconteceu durante parte da carreira do grupo de rap RPW, que comemora seu vigésimo aniversário neste ano e retorna ao cenário cheio de novidades...

Saindo da época em que a tecnologia era precária, as colagens eram feitas no tranco e o looping com deck de rolo, o grupo de rap conhecido por inovar com o estilo “bate-cabeça” completa duas décadas com a formação original: Rubia, DJ Paul e W-Yo. Os três comemoram o aniversário do grupo com nostalgia. “Pense que há 20 anos tudo era muito mais difícil. Toda informação e tecnologia eram mais retrógrados, porém, se pararmos para pensar, temos muitas coisas bacanas para contar”, dizem. E têm mesmo. Por isso, um DVD está sendo produzido, com imagens guardadas ao longo dessas duas décadas e com novas, captadas durante os shows e bastidores, o que rende um making of e tanto. São depoimentos e viagens gravados desde 1994. “Chega uma hora em que é preciso compartilhar com os fãs e amigos que nos apoiaram e apoiam até hoje”, dispara W-Yo.

Força feminina

Ponto para o grupo, que tem fãs com quase a mesma idade do tempo de estrada dos integrantes, como é o caso de Moisés dos Santos, conhecido como Cria das Ruas. Há 18 anos ele ouve o som do grupo. “Passei a curtir por conta da levada diferente e por ter uma mulher MC no grupo. Nessa época era raro ver mulher rimando e foi o que mais me chamou atenção”, lembra. Diante dessa colocação, Rubia diz que só pode sentir orgulho de ser parte da história do hip-hop brasileiro. “Quando me lembro do início da minha caminhada e onde estou agora, me sinto privilegiada, por ver, nesse tempo, tantos grupos que estão aí fazendo história também. Ver que existem tantos, como eu, que acreditam na transformação social e artística promovida pelo hip-hop e que, se precisasse fazer tudo de novo, faria sem pensar”, pontua.

Contudo, ela não esconde a dificuldade de ser mulher em um movimento predominantemente masculino. “Eram poucas MCs na época e, realmente, o que mudou nem foi a postura dos manos, e sim a postura das mulheres. Com o tempo, elas aprenderam a se firmar, se impor e exibir seus direitos dentro da cultura hip-hop”, acredita Rubia, que hoje é militante da causa feminina em coletivos como o Hip-Hop Mulher e a Frente Nacional de Mulheres no Hip-Hop. E, para a felicidade do fã Moisés, recentemente ele conseguiu comprar, direto das mãos de Rubia, o CD Talento Não Morre, Recicla, gravado em 2006 e que, para ele, é um dos melhores trabalhos. “O grupo por si é muito bom.Tem estilo próprio e não é cópia de ninguém”, define.

Novos projetos
Para quem anseia por novidades, o grupo anuncia que deve levar, em alguns shows, artistas que gravaram com o RPW no passado, como Ugli C.I. (Filosofia de Rua) e Branco (ex-Pavilhão 9). “Queremos fazer uma espécie de reunião dos anos 1990, para quem não conhece ainda, e também para quem nunca mais nos viu”, enfatiza o grupo. É aí que o fã Ricardo Q-Pam, 32 anos, músico, comemora. Ele ouviu o som do grupo pela primeira vez no extinto programa Projeto Rap Brasil, que rolava na Metrô FM. “E isso foi antes de sair o disco com o single Pule ou Empurre”, recorda. Além de fã, Q-Pam tornou-se amigo dos integrantes e os acompanha sempre que pode. “A ousadia de experimentar e quebrar o paradigma do discurso de rap, na época, me envolveu. Eu, que já vinha do skate, do hardcore e também do rap quando criança, achei a proposta do bate-cabeça muito além daquilo que até então era modelo padrão da cena hip-hop”, acrescenta.

O misto de nostalgia e expectativa não para. Na última semana, o grupo se dedicou à gravação de um novo videoclipe. Na verdade, o segundo em 20 anos. Os integrantes mantêm o suspense sobre qual som será passado para o audiovisual, mas confessam ter participado do roteiro. Além desta novidade, talvez os covers de rap brasileiro voltem aos palcos. Segundo W-Yo, há intenção de documentar essa prática. E engana-se quem pensa que as comemorações param nos 20 anos.

Apesar das brincadeiras dos próprios integrantes, que se dizem “tiozinhos”, o talento e a inovação permanecem. E a correria não para. Quem compara é Rubia, após um show em que dividiu o palco com Sistema Negro, Branco, Filosofia de Rua e DJ San Mix. “Vê-los juntos num palco foi de arrepiar. É mó barato ver os grupos com que você dividia o palco nos anos 1990. Hoje estão todos tiozinhos”, brinca. Já W-Yo enfatiza que está sendo divertido curtir o ano comemorativo, porém, se prepara para escrever letras novas para um novo disco, o sexto da carreira. Paralelamente, trabalhos solos vão sendo gerados. DJ Paul já lançou e gravou algumas coletâneas. Após as comemorações, pretende retomar e reestruturar seu estúdio caseiro. Já W-Yo tem algumas músicas no MySpace, resultado de experiências e parcerias com rappers de outros países, como Alemanha, China, Espanha e Hungria. “Ainda quero concluir esse cronograma de 20 anos do RPW, montar uma banda de ´rapcore` tocando bateria, que é meu instrumento, ou no vocal”, diverte-se.

Voo solo
Rubia pensa também em gravar um disco solo e estuda possibilidades. Até lá, quem não conhece ainda o RPW pode se ligar através dos canais e redes sociais do grupo, acompanhar a agenda de shows e conhecer o bom e velho rap brasileiro, inovador e irreverente sempre. Quem gosta tem ainda a possibilidade de levar para casa os integrantes. Isso mesmo. O grupo está em imãs colecionáveis, underwear e shapes de skate.

Quanto às “rixas” da nova com a velha escola, o grupo RPW é enfático: “O que queremos é só um pouco de respeito e todos ganharão isso falando a mesma língua”.

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