Crônica Mendes em entrevista à revista Preto SoulSim

O vocalista do "A Família" foi escolhido para estrear a série de entrevistas intitulada 'sob a pele das palavras há cifras e códigos'.

Foto: Fiapo Delfi







Entrevista com Crônica Mendes

Por: Altamiza Melo - PSS/PE
twitter: http://twitter.com/altamizamelo

Visando quebrar um pouco do preconceito que há em relação à Cultura Hip Hop, mostrando assim, que a cultura das ruas anda bem distante da marginalidade e que no `novo` Hip Hop há rebeldia, diversão e uma vontade enorme de intervir de forma bem consciente na sociedade, a Revista Preto SoulSim abre uma série de entrevistas intituladas `sob a pele das palavras há cifras e códigos` - versos de Carlos Drummond de Andrade, visando mostrar que não há antagonismo quando se fala de arte, versos, música, pessoas e culturas.

A pessoa escolhida para estrear este espaço se define como sendo `uma pessoa comum, que sonha e acredita nas outras pessoas. Um compositor da vida alheia, um homem antigo que ainda acredita na capacidade do ser Humano em mudar a si mesmo e o universo ao seu redor.` Se considera uma pessoa coletiva e de bom espírito. É cantor e compositor do grupo de rap nacional `A Família`. Este provocador e pensador é o Crônica Mendes, um dos colunistas do Blog Literatura Periférica que tive o prazer de entrevistá-lo num papo bem descontraído, enigmático e bem singular, que vocês conferem abaixo.

Preto SoulSim
- Você conta que o seu primeiro contato com a música e literatura foi aos 10 anos. Qual a lembrança mais marcante desta época?

Crônica Mendes - Dessa época eu lembro que tudo era muito diferente pra mim, minha visão das coisas tinha sempre uma interrogação no final. Eu estava descobrindo o mundo, então eu tinha pergunta pra tudo, era até chato isso. Lembro que eu vivia perguntando os `porquês`. Me dirigi para música e para literatura porque gostava de escrever meus pensamentos, minhas perguntas. Enquanto os meninos da escola faziam textos elogiando o 7 de setembro, eu os fazia questionando os motivos de toda aquela comemoração. Eles faziam textos como os professores queriam ler, eu fazia textos e desenhos com o que eu queria saber e com a minha visão daquilo. Eu lembro muito desta minha postura, um moleque de 10 anos fazendo perguntas tidas como adultas. Era engraçado ouvir as respostas deles.

Preto - É aí que nasce o `poeta` em ti? E foi diante essas inquietações que `houve luz`?

CM - Acredito que todos nós nascemos poetas, uns desenvolvem a poesia, outros apenas lêem, enquanto outros não ligam pra ela. Gosto de dizer que a vida é uma música em poesia, verso e prosa. Mas foi neste momento que me vi escrevendo compulsivamente, tenho coisas daquele tempo que trago comigo até hoje, mas a minha escrita mudou muito, minha música também, eu também. Os dias são outros. Sou um homem antigo escrevendo a vida com o passar dos dias.

Preto - Você se sente a frente do seu tempo?

CM - Não me considero a frente do meu tempo, eu apenas tento olhar adiante sem me esquecer de hoje. O agora é muito importante para que haja um amanhã. Gosto de elocubrar como seria o futuro. Gosto de elocubrar o futuro.

Preto - Qual sua primeira memória do movimento Hip Hop?

CM - Minha primeira lembrança do Hip Hop foi ouvir numa música tudo aquilo que eu escrevia em meus textos escolares. Tenho essa sensação comigo até hoje, foi como um garoto de periferia assistindo um jogo de futebol ao vivo no estádio pela primeira vez. E o mais interessante foi que algumas das minhas perguntas, as quais muitos professores não respondiam, na verdade eu já sabia daquilo, mas não queria me sentir sozinho na resposta. Eu precisar ouvir de alguém aquele problema, aquela resposta não era só pra mim. O rap fez isso comigo, me ajudou a entender melhor a minha vida e tudo o que acontecia ao meu redor, a sociedade, a política, a música, ou seja, minha primeira memória foi o despertar que o movimento Hip Hop me proporcionou.

Clique AQUI e confira a entrevista na íntegra no site da Revista Preto SoulSim

fonte:Revista Preto SoulSim


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