festa de Lançamento A Fallange e Convidados
FESTA DE LANÇAMENTO DA FALLANGE E
CONVIDADOS
FOI MUDADA P/ O DIA 19/06/2011
LOCAL: TEATRO CLARA NUNES, 300 - DIADEMA
PERTO SHOPPING PRAÇA DA MOÇA
A PARTIR DAS 14:00 ATÉ AS 22:00
entrada: 1 Kg de Alimento para ajudar os necessitados
Local: Teatro Clara Nunes Diadema Rua Graciosa Número 300
Referencia:Praça da moça (Próximo ao shoping praça da moça em Diadema
,á 10 Minutos do terminal Diadema..VAMOS CHEGAR..)
Palavra Feminina completa dez anos de luta e dedicaçãoPalavra Feminina completa dez anos de luta e dedicação
O disco “Filhos do Brasil” foi lançado em 2010 e a música que deu nome ao CD ganhou um videoclipe que retrata a dura realidade que os moradores da periferia enfrentam em todos os lugares do país.
O envolvimento de Janaina e Isabela com a periferia não fica só no discurso. Junto com outros integrantes da Banca Família C, na qual também fazem parte, elas desenvolvem projetos de inclusão social. Elas também se empenham no fortalecimento do selo independente Família C Produções, que promove gravações, produções de bases, direção, produção de videoclipes e organização de eventos. O grupo Palavra Feminina já participou de músicas de diversos grupos de Santa Catarina, entre eles: Mente Armada, Libertação, Aliados com Cristo, Palavra de Honra e também de grupos do Distrito Federal, São Paulo e Alagoas.
Manter um grupo de rap por dez anos na ativa não é tarefa fácil. Mas essas guerreiras continuam firmes na batalha e não desanimam perante os obstáculos. Para Janaina, que compõe as letras do Palavras Feminina, essa vitória é fruto de muita luta. “Palavra Feminina agradece de coração a todos que acompanham a nossa correria nesses dez anos de muita luta e dedicação. Afinal, nosso corre é pelo amor ao coletivo. Sempre!”, comenta.
DOWNLOAD
Palavra_Feminina_-_Filhos_do_Brasil.mp3
Palavra_Feminina_-_Casos_e_Fatos_(part_Minella).mp3
Leia a resenha e baixe o novo disco do Criolo Doido"Nó na Orelha
CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O DISCO.
E para saber mais o que seus ouvidos estão prontos para ouvir, leia a resenha por Eduardo Yukio @eduardoyukio:
Categorizar e rotular: tarefas que já foram relativamente simples, óbvias até, em muitos momentos da música popular. E não podemos fugir daquilo que, convenhamos, já pertenceu a muitos universos particulares: a sensação de pertencimento, que até os anos 90 eram bastante relacionados ao seu gosto musical. As tribos musicais raramente se misturavam.
No Brasil, uma terra em que o termo pop até hoje é completamente desconexo da realidade – a MPB se “estabeleceu” como gênero amorfo e acomodado em seu status quo; e o resto, é o resto. Qualquer expressão mais genuinamente popular ganha contorno e carimbo de sub- produto, ou tema de reportagem pretensamente sociológica, geralmente em contornos dramáticos: “Adolescentes usam drogas e ouvem funk”, “Garota de classe média sobe o morro com o namorado traficante”,” Confusão em show”: tudo culpa do rap, do funk, do samba marginal…
O cenário real é que a informação que abastece as periferias é a mesma que é consumida nos condomínios-clube fechados ; exceto que, por motivos óbvios, ela é filtrada de forma diferente. Talvez até pela necessidade de manter um nível de excelência para sobreviver, trabalhos realizados por rappers paulistanos, por exemplo, carregam mais referências que a média: só quem ouve com atenção sabe que um cara como o Mano Brown é repleto de bons sons em sua discoteca pessoal. A proliferação mais veloz e instantânea de sons e idéias atualmente só aumenta a probabilidade de gerar bandas que são diametralmente opostas no estilo, embora convivam em um mesmo contexto geográfico. E desafiam aqueles que acreditam ter o poder de controlar e estabelecer regras para o consumo cultural.
Nó na Orelha é o segundo disco de Kleber Gomes, o Criolo, antes Criolo Doido. A trajetória desse rapaz na cena hip-hop é longa e antiga. Mas esse disco é como seu cartão de visitas para o mundão. Capaz de criar letras e transformar pequenas cenas em rimas como se fosse uma máquina industrial, Criolo percebeu que poderia registrar suas crônicas de forma mais adequada ao seu furor criativo. Aqui vale o conceito desenvolvido pelos parágrafos acima: com a ajuda de Marcelo Cabral e Daniel Ganjaman – produtores do album -, Criolo, o MC, o, rapper, entrega um dos mais completos discos da música pop brasileira nos últimos tempos. Completo pelo estilhaçamento de ritmos e pela forma como tudo se amarra; completo nas letras que vão de imagens poéticas á ataques críticos, de relatos contundentes ao bom humor; e principalmente porque é um poderoso disco de hip-hop, na essência. Isso é música popular com sangue nas veias.
Bogotá abre o trabalho como uma bomba soul-funk-afrobeat: é dançável e forte, quase tropical. Mas é afiada, aguda. Menos celebração hedonista e mais “fio na navalha/brincar no precipício“. O single Subirusdoistiozin possui aquela qualidade instrumental típica do coletivo Instituto, um mosaico de teclados bem encaixados duelando com a verve Criolística que narra mais um pedaço de realidade. O soul rasgado de Não Existe Amor em SP mostra que instintivamente Criolo canta melhor ainda quando é sutil: o que pode soar como uma visão estreita da crueza da metrópole é mais um apelo emocionado de um morador da cidade.Mariô segue para provar que o cidadão Kleber aqui não é pequeno poeta universitário: mandando a real, não alivia pra ninguém: “Quem se julga a nata/cuidado pra não cuaiá” …”fia: eu odeio explicar gíria“. Freguês da Meia Noite é um lamento, bolerão desavergonhado, sobre frio na alma, no ar e no Largo do Arouche. O “outro lado”do single Subirusdoistiozin, Grajauex, é uma porrada, que de forma quase delirante utiliza o bairro de criação do Criolo para inserir um grande mundo de emoções. Samba Sambei, vejam só, é como a chegada de um soundsystem jamaicano. Sucrilhos, sucesso já nas apresentações, cita Rappin Hood, favela e Oiticica pra avisar que “cientista social e Casas Bahia”… “pode colar/ mas sem arrastar/se arrastar a favela vai cobrar”. Lion Man é uma aventura cósmica narrada de forma tão pulverizada que desnorteia o ouvinte, como golpes ninjas. Encerrando o disco, a canção que dá título se inicia como uma moda de viola que se transforma em samba e conta com a “participação” da Turma da Monica na poética nada pueril.
Assim, Criolo resume em dez músicas uma vida dedicada á música independente, ao hip-hop, á rinha dos MC’s. E também uma homenagem á cidade de São Paulo – que é capaz de inspirar e destruir – e a seus pais. Boas intenções não resultam necessariamente em discos elogiáveis. Mas Nó na Orelha acaba sendo o retrato mais bem acabado de uma música que pode ser atual, pungente e acessível; difícil de aprisionar em rótulos anacrônicos, mas feito com suor. Afinal, “cantar rap nunca foi pra homem fraco“. Nó na orelha, soco no estômago e afago na alma e no coração. Salve Criolo.