Crise do Senado continua nas ruas, diz grafiteiro

O grafiteteiro Mundano já fez trabalhos como este em 65 carroças de São Paulo



“Recicle o Senado”. “Se eu pudesse, reciclava os políticos”. “Meu trabalho é honesto e o seu?”. O grafiteiro Mundano inscreveu frases como essas em muros e carroças de catadores da cidade de São Paulo quando, no primeiro semestre deste ano, uma crise política envolveu a Casa em denúncias de corrupção e nepotismo e ganhou espaço na imprensa. “[José] Sarney [PMDB-AP] continua presidente do Senado, e a crise parou de sair na mídia. Até eu fiz muito mais protesto na época, mas está lá, continua nas ruas”, afirmou.

Para o grafiteiro, através do incômodo que desperta, o grafite tem como objetivo incentivar as pessoas a agir, atingindo o maior número e a maior diversidade possível em vias de grande movimentação e visibilidade. “O morador de rua não sabe da crise do Senado. Não viu no jornal. Mesmo que seja analfabeto, o desenho do grafite vai passar uma mensagem de protesto”, disse.

Marcondes Luz, que se define como "brasileiro, da favela de Paraisópolis e analfabeto", também se disse revoltado com a crise que envolveu os senadores e, apesar de saber da ilegalidade da ação, decidiu pichar. Em um muro da avenida Morumbi, pediu para que sua filha de sete anos escrevesse: “Senado, a vergonha do Brasil”. “Eu falei: ‘filha, o que o pai vai fazer é até errado, por causa da pichação, mas é uma forma de falar que eu não estou contente’.”

Luz, que deixou no muro também seu e-mail, recebeu críticas e elogios à manifestação e conta que seu objetivo era o de “incentivar outras pessoas a formarem opinião, e as que não estejam contentes com a política procurarem outras formas de protestar.”

Enquanto a pichação usa apenas letras estilizadas e é considerado ilegal, o grafite também usa imagens e cores e não consta na atual legislação. Um Projeto de Lei diferencia as duas formas de expressão, caracterizando o grafite como arte e mantendo a ilegalidade da pichação. O projeto, que aguarda votação no Senado, levanta críticas por parte de pichadores e analistas.

Rede

A rede social Twitter se tornou palco do movimento “Fora, Sarney!”, que pedia a renúncia do presidente do Senado na época da crise. Manifestações em ruas de 16 cidades brasileiras foram organizadas por meio do grupo. Da mesma forma, segundo Mundano, a internet facilita o contato com pichadores e grafiteiros para promover pinturas e pode aprofundar o debate político. “Na rua é limitado, tem que ser rápido”, disse. O grafiteiro observa, porém, que esse meio não deve acabar com pichações e grafites.

Luz cita que a reforma eleitoral que entra vigor em 2010 deve estimular o debate social na internet. “Como agora os políticos vão poder usar a internet para fazer propaganda à vontade, nós também temos que tomar essa ferramenta, não para falar mal dos políticos, mas da política, da forma que a administração pública é feita”, afirmou.

Martina Cavalcanti, da Redação da band


Fonte:
band
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